quarta-feira, 13 de maio de 2009

a thief, a whore and a Liar

E já à meia noite, um caminho sem volta, me deito, desnudo, e devoro, anseio, e como essa carne, arranho, despenteio, afrouxo, e receio. penso nas coisas que sei, desvendo mistérios que nunca pensei, sou hoje, o que fora ontém. dentre suspiros e garganteios, no meio desse mar de desejos, dentre loucuras e razões, no meio de deslizes e emoções, sinto tua pele macia, no cheiro da vontade, há vida. temo o medo de perder, mas já perdi. voce se levanta e mal me sorri. e mais um dia que se passa, mais uma história nas minhas páginas, lembro de cada noite, minunciosas noites. tentativas de amor, armadas criaturas, que em noites sem figuras, ditados sem molduras, dores não sentidas, magoadas feridas, como uma fera contida, despejo lamentações, sinto aqueles arranhões, leves entradas de facas, por dentro das minhas entranhas, peçanhas venenosas, atrito de guerra, doce floresta, que vem me assombrar. insípido fantasma que veio pra me ajudar, eu desço, e remanesço, eu tento e faleço, perco meu endereço. Suplico pelo avesso, meu preço, pague o meu preço, diga seu preço, procure e encontre, eu sempre vou estar aqui, nessa lamúria, nesse lugar, nesse implício, nessa súplica, gritando por dentro e calando por fora, vou sempre te chamar.

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